Cheguei aqui. Lentamente percorri o espaço até ti. Frente a frente estamos. O silêncio invade o ar. Uma brisa suave ondula no meu cabelo, este esvoaça serenamente e acaricia-me o rosto. Tu inicias o teu discurso. Numa calma desejada, ouço-te. Segredas e murmuras baixinho. Falas com carinho. Eu inspiro, expiro e suspiro. A paz percorre-me. Distraída, as minhas mãos brincam nos finíssimos grãos de areia e tu, docemente vens tocá-las, com ternura. Pedes-me que fale. E eu, inspirada na tua tranquilidade, delicadamente início o meu cântico. A ti me confesso, porque sei que irás calar. Confesso este sentimento que trago cá dentro, que teima em querer brotar. Confesso as saudades contidas e não exprimidas, que calo e não consigo acalmar. Confesso este amor, eu confesso. E tu ouves e calas. E a brisa baila suavemente no meu cabelo, esboço o meu sorriso e parto.
Uma comovente cofissão.
ResponderEliminarSó o amor afinal propicia estes momentos.
Beijinho
Vieira MCM
Uma confissão que pode ser interpretada de duas formas... Mas acima de tudo uma confissão que evoca o silêncio e a paz que se auspicia.
ResponderEliminarBeijinhos