Ventos de paz


Fiz do chão, o meu pouso. Tal pássaro ferido na asa, enceto impulsos de voo, tento planar, mas a ferida corrói-me a alma dilacerada. Arde. Tal como o fogo que devasta as florestas. Sinto-me em cinzas. Espezinhada por essa dor que entrou em mim. Moribunda, perdida, arrasto-me lentamente. Coloco os olhos na janela aberta. Uma suave brisa envolve-se nas cortinas. Uma doce melodia entoa e circunda o meu ar. Ventos de paz inebriam os meus ouvidos e fazem-me adormecer.

4 comentários:

  1. Suave melodia esta que aqui entoas com estas palavras sentidas de dor... mas que anunciam uma paz que há-de vir porque neste momento o que mais precisamos é de adormecer...
    Como me sinto nestas tuas palavras e como gostaria de dizer que esta noite quando deitar a minha cabeça no travesseiro irei conseguir adormecer... sinto que não e já são tantas as noites...

    Beijinhos e que obrigada por esta companhia.

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  2. Como sabe bem sentir que estamos acompanhados mesmo na distância... e afinal estamos tão perto... as palavras, o sentir são prova disso.

    Obrigada pelas tuas palavras, não sabes como me fizerem bem.

    *Desculpa o erro no primeiro comentário, o "que" está a mais :)

    Beijinhos e que consigas adormecer e ter uma noite de paz.

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  3. Estes ventos de paz são contagiantes :)
    Acredito que essa doce melodia vai envolver o fragil passarinho e beijar-lhe a asa para que possa de novo voar.
    Obrigado pelo carinho
    Beijinhos

    Vieira MCM

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  4. A brisa da calmaria... tão bom!

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