"Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura.
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco."
Mário Cesariny
Muito intenso!
ResponderEliminarAdorei a parte em que "Em todas as ruas te encontro, em todas as ruas te perco." Porque o movimento diário da vida, para mim, é esse mesmo.
Belo!
bjoss
Me vi nesse poema, viajei! Um beijo e ótimo começo de semana.
ResponderEliminarProfundo! Com as emoções à flor das palavras, fico-me pelas últimas...
ResponderEliminar"Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco"
Beijos