A roda da vida


A roda da vida gira, gira, sem parar
em paralelos de sonhos
tudo circula, tudo é (in)finito
num acinzentado exposto aos raios ensolarados
tudo gira em caminhos sinistros, tortuosos em direcção à meta
em alamedas de percursos onde as sombras se entrelaçam
 vociferando gemidos discretos de alento
tudo é simples e tão belo
quando visto com o olhar de um coração
sereno e tranquilo que apenas batia por ti e para ti.
Assim são os dias que passam
nesta terra onde o chão exala calor
onde os silêncios tagarelam entre si
onde os cheiros e sabores nos saciam a saudade
onde os sorrisos camuflados batem palmas de alegria
 e as mãos se estendem
e me guiam a presença em fardos pesados
que aquecem ao sol onde os odores e as cores
constroem trilhos em aros que giram,
giram, giram sem parar.
Assim são as ventoinhas a girar ao vento,
assim são as ventoinhas da alma.

7 comentários:

  1. sim tens razão.
    as ventoinhas a girar são como as ventoinhas da alma.
    também gostei muito da foto.
    um beij

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  2. Minha querida

    Quando a ausência se instala no nosso coração, os dias perdem a luz e a cor.

    Deixo um beijinho
    Sonhadora

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  3. Voltando aos poucos!

    Lindo poema! :)


    Beijinhos

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  4. a roda da vida gira indiferente ao vento... são as emoções que a movem!

    Belo o teu poema!

    Beijos,
    AL

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  5. Tudo se transforma porque à medida que amadurecemos se transforma a maneira de vermos as coisas.

    Um beijo

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  6. E giram, giram... e entretanto, mantêm a performance do amor como absoluto... irrestrito e [in]contido.

    Perfeito.

    ¬

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  7. As ventoinhas da alma também não param... giram sempre...
    Belo poema, gostei imenso.
    Querida amiga, tem uma boa semana.
    Beijos.

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