Perdidos na memória


"(...) para sobreviver à noite decidimos perder a memória. cobríamo-nos com musgo seco e amanhecíamos num casulo de frio, perdidos no tempo. mas, antes que a memória fosse apenas uma ligeira sensação de dor, registámos inquietantes vozes, caminhámos invisíveis na repetição enigmática das máscaras, dos rostos, dos gestos desfazendo-se em cinza. escutámos o que há de inaudível em nossos corpos.
era quase manhã no fim deste cansaço. (...)"

Al Berto

1 comentário:

  1. "Era quase manhã nesse cansaço..." Há palavras que não só me ultrapassam, como também me trespassam... lindo!

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