Tu és a minha casa

Absorta, vejo o ondular das marés, deste rio que desagua no mar. Na margem, deixo-me envolver pela brisa suave, pelo odor a maresia e vislumbro, no farol a luz certa que me ilumina os passos a dar. Caminho lentamente, sentido a areia a deslizar entre os meus pés. Aproximo-me de ti e já te pressinto, desenfreado a clamar baixinho nesse gemido surdo, nesse abraço apertado com que me acolhes sempre ternamente. Entro em ti e assim permaneço. Perco-me neste enlace e assim quero ficar. Por isso já sabes, quando me quiseres encontrar, procura-me junto à praia, onde é o meu lugar.

1 comentário:

  1. Belo texto de um amor tão puro e natural como rio que desagua no mar.

    Abraço

    Vieira MCM

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