Fusos

Olho o relógio e os ponteiros arrastam-se
lentamente escureceu
anoiteceu em mim
e somente a luz da lua
me indica o fuso horário
neste tempo sem tempo
em que as horas passam.
Sinto-me assim,
como que vazia, oca, sem lume
talvez num meridiano obtuso
de trapézio sem rede
em que rodopio e caio.

1 comentário:

  1. Quão tristemente belo poderá ser um meridiano obtuso? Geo-poesia... tiro-te o chapéu!

    ResponderEliminar