as pálpebras que tu beijaste
fecharam-se como portas.
Já não sinto as tuas mãos,
e nas minhas solitárias de ti
cresceram arestas nos dedos
que me arranham lentamente
este corpo ausente da tua presença.
A luz sumida apagou os doces lampejos
com que te recebia e servia em volúpios beijos.
Agora no meu corpo,
o vento baralha-me a sorte,
escorre a água fria,
desta chuva que caí em mim,
peço que me lave a alma e me leve também a mim.
A entrega. E a submissão. Nenhum amor deveria rimar com dor. No máximo, com saudade e depois, com o reencontro.
ResponderEliminarMas... mas!!
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Boa semana.
Por vezes a tristeza é quase erótica. Muito bonito.
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