Carrego-me de medos
nas orlas, sinto-me à margem
num coração aflito,
insisto pelo bater
num pulso filiforme e débil
começo a definhar,
malogrados segundos deste tempo.
Tal folha caduca persisto
agarro-me às veredas
sumptuosamente pouso
num chão sem terra
onde já foi caminho.
Vagueio numa eternidade
ilusória de papel em branco
sem traços contíguos
de uma união a declarar.
Vacilo e sigo
num vazio de vozes a suportar
numa noite sem noite
e um dia a enfrentar.
Sem luzes
atinjo as trevas
num corpo faminto
de uma mão a agarrar
num sorriso pedinte
num olhar a suplicar.
num sorriso pedinte
num olhar a suplicar.
Minha querida
ResponderEliminarUm grito...um lamento feito de nostalgia, adorei ler e deixo um beijinho.
Sonhadora
Este poema é mágico... tão fluido, tão belo! Parabéns, sinceramente :-)
ResponderEliminar..e os medos circulam nas orlas dos caminhos (in)seguros do tempo em que os "ais" se dão num lamento d'uma só voz ..
ResponderEliminarAmei!
Um beijinho
da
Assiria
Os versos sangram... afloram a pele e doem... não menos poema... não menos poesia. Assim, poesia.
ResponderEliminar¬
Os medos, os receios num grito, num lamento feito dor numa voz que clama por amor.
ResponderEliminarLindo :)
Beijinhos