anoitece vagarosamente
no ar um odor a giestas em flor
as nuvens formam cordeirinhos e agrupam-se para dormir
as cegonhas retornam aos ninhos
riscando o céu de alamedas de sonhos
os grilos cantantes retinam no silêncio
a paz rende-se ao pranto dos campos
onde o orvalho começa a fazer casa
aves famintas gemem em volta da presa
sentada debaixo da oliveira
as folhas acariciadas pelo vento
tilintam-me ao ouvido.
Confundem-me os sons nocturnos
confunde-me o som das palavras
estico e estendo a minha mão e quase (te) consigo tocar
confunde-me o som das palavras
estico e estendo a minha mão e quase (te) consigo tocar
é curto o espaço entre mim (ti) e o céu
este paraíso inebria-me os sentidos
num (re)pouso rendido
sinto-me (te) a levitar
sinto-me (te) a levitar
uma aura de serenidade assola-me (te) a alma
abro os meus braços
quero sentir-(te) (me)
quero sentir-(te) (me)
o que parece perto, torna-se tão longe
o longe é aqui tão perto
o longe é aqui tão perto
a escassos milímetros de um toque
está o silêncio, esse
ao qual me rendo
ao qual me entrego
ao qual quero conquistar.
ao qual me rendo
ao qual me entrego
ao qual quero conquistar.
Sublime Momento ...
ResponderEliminarOs maravilhosos detalhes fazem com que sinta esse lugar espantoso.
ResponderEliminarMuito doce e ternurento este momento aqui deixado.
Beijinho
Vieira MCM
Lindo poema, cheio de sensibilidade e detalhes profundo. Adorei! Um abraço!
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